Como bons observadores da natureza, os estoicos usaram muitas metáforas usando elementos do mundo para expressar suas ideias. Neste texto, eu compartilho 3 lições daquela que eu considero como a mais bela metáfora do Estoicismo, descrita pelo imperador-filósofo, Marco Aurélio: o promontório.
Ser como o promontório onde se quebram incessantemente as ondas; ele permanece de pé e os ruídos das ondas vêm morrer ao seu redor.
Marco Aurélio | Meditações, 4.49
Ninguém está livre dos baques da vida
O promontório é uma formação rochosa à beira mar. Apesar de imponente, todos os dias, ele é castigado pelas ondas. Algumas vezes, elas são calmas e constantes; noutras, são violentas e breves.
Todos nós, da mesma forma, estamos sujeitos às dificuldades, pequenas ou grandes. Mas…
É possível permanecer de pé
O Estoicismo é uma filosofia realista: as coisas são como são. Nem sempre podemos mudar os acontecimentos, mas sempre é possível cuidar da nossa reação a eles.
Como dizia a minha psicóloga: Você não pode controlar o que as pessoas fazem com você; mas você pode controlar o que você faz com o que as pessoas fazem com você.
Ser como um promontório é um treino
O estoico não nasceu sabendo lidar com os problemas. Ele aprendeu, tendo uma atitude aberta e uma mente disposta. Por isso, Marco Aurélio faz questão de rememorar a postura que deve adotar frente às circunstâncias.
Ninguém nasce sábio, mas podemos aprender, todos os dias, a tomar decisões sábias. Com isso, ganhamos experiência, que leva à resiliência.